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Serviço de Intendência

Publicado: Quinta, 09 de Abril de 2020, 11h28 | Última atualização em Quinta, 09 de Abril de 2020, 11h28

Serviço de Intendência

No Exército Brasileiro, as atividades relacionadas à Intendência remontam ao início do século XIX, com a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808, quando D. João VI começa a incrementar a incipiente estrutura logística existente.

Pouco mais de um século se passou, quando, em 1919, chega, ao Brasil, a Missão Militar Francesa, a qual teve uma participação efetiva na criação do Serviço de Intendência. Os oficiais franceses, em razão da experiência adquirida na Primeira Guerra Mundial, estavam habilitados a exportar sua doutrina militar, na qual avultava a importância do suprimento, do abastecimento e do apoio de toda ordem.

Dessa forma, em 1º de Outubro de 1920, sob influência francesa, nasce o Serviço de Intendência do Exército Brasileiro, organizado em dois quadros especiais: Intendência da Guerra e Administração Militar.

Durante a Campanha da FEB, a Intendência de Guerra se fez representar por uma Companhia de Intendência e um Pelotão de Sepultamento da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária. A DIE era apoiada pelos Depósitos do V Exército americano e pelo Depósito de Intendência da FEB, que fornecia, basicamente, artigos brasileiros, como por exemplo: feijão, arroz e farinha de mandioca.

Desde a defensiva até a perseguição ao inimigo, a Intendência lançou seus órgãos, intervindo profunda e continuadamente nas operações, chegando a desdobrar 11 Postos de Distribuição, no período de 30 dias, em diferentes regiões da Itália. Distribuiu suprimentos, movimentou se, deslocando tropas da retaguarda para a frente e transportou munições, animais, materiais e combustíveis por estradas batidas pelo inimigo.

O Serviço de Intendência é a parte da logística voltada para as atividades de suprimento. Distribui o material de intendência (uniformes, equipamentos individuais, etc) e os diversos tipos de munição e de gêneros alimentícios. Proporciona também, em operações, outros serviços como lavanderia e banho. Nas organizações militares os intendentes assessoram os comandantes na administração financeira e na contabilidade.

Incansável e tenaz, a Rainha da Logística realiza um serviço cotidiano e ininterrupto, transportando, suprindo e alimentando. A satisfação da tropa apoiada é o seu maior objetivo. Por isso mesmo, é respeitada e admirada pela sua capacidade de trabalho.

Patrono da Intendência

Marechal Carlos Machado Bitencourt nasceu na Província do Rio Grande do Sul, a 12 de abril de 1840, assentando praça no 13º Batalhão de Infantaria em Porto Alegre. Optou pela Arma de Cavalaria e, fruto de uma carreira fulgurante, galgou todos os postos da hierarquia militar.

Em 1897, em momento conturbado da vida do País, o Presidente da República Dr. Prudente José de Moraes Barros convida o então Marechal Bitencourt a integrar seu ministério, confiando-lhe a Pasta da Guerra. Lutava o Exército há mais de um ano, em Canudos, no sertão baiano, contra a ignorância, a superstição e o fanatismo, num ambiente onde não eram reconhecidas as autoridades.

Após três expedições fracassadas, o Ministro da Guerra decide ir ao teatro de operações, no qual nada funcionava. Na Bahia, organizou um serviço inteligente e metódico de comboios, dando relativo conforto à tropa empenhada, tirando-a da miséria, da fome e do desalento. O drama de Canudos, no entanto, teria um epílogo mais triste, no lance trágico de 5 de novembro de 1897. Nesse dia, voltavam as forças que haviam lutado no sertão baiano.

Aguardava a chegada do navio, no Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro, o Presidente Prudente de Moraes. Inesperadamente, das fileiras do 10º Batalhão de Infantaria se destaca o soldado Marcelino Bispo de Melo que investe contra a pessoa do Presidente da República, empunhando uma garrucha de dois canos.

A arma falha e o agressor a substitui por uma faca-punhal. Interpuseram-se, entre ele e o Chefe de Estado, o Chefe da Casa Militar e o Ministro da Guerra, Marechal Carlos Machado Bitencourt. A ambos atingiu o alucinado soldado em sua fúria assassina. O ministro recebe gravíssimos ferimentos, provocando-lhe sua morte quase imediata. Em 1940, o Marechal Bitencourt recebe o reconhecimento da Pátria e a veneração do Exército, ao ser consagrado o “Patrono do Serviço de Intendência”.

Fonte: Exercito Brasileiro

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